A ESPERA...

"O que vale a pena possuir, vale a pena esperar. "_-_Marcelo A. Pereira

A ENTREGA...

"É preciso ser muito gente grande pra se esvaziar e ter mais de si pra dar. Essa é a essência da coisa..."

O DESEJO

"Há duas tragédias na vida: uma a de não satisfazermos os nossos desejos, a outra a de os satisfazermos." -_- Oscar Wilde

A NECESSIDADE...

"Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar... Você me parece dizer que nós dois somos um só lugar e que esse lugar é Você... E o resto não deve contar..." _-_ Caetano Veloso

O PRAZER E A SATISFAÇÃO.

"O prazer não é um mal em si; mas certos prazeres trazem mais dor do que felicidade." _-_ Epicuro

sábado, 14 de março de 2015

SERÁ...?


Não sou tão forte quanto pareço. 
A única coisa forte em mim é a vontade. 
Esta, sim, é férrea.
De resto, sou feita de delicadezas várias, de fragilidades tantas, e de inseguranças muitas... Mesmo assim, resisto.
Preciso do DONO.
O protótipo da submissa fortaleza não pode existir. 
Nem da auto-suficiente. 
Se assim fosse, ela não teria o que fazer aos pés de um Senhor.
 Não demandaria controle, nem comando... muito menos Domínio.
Submissa que é submissa necessita do Dominador. Carece do Mestre. 
Submissa que é submissa não existe sem Dono.


{Amar Yasmine}_SD

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              Hoje a noite navegando em alguns blogs e sites me deparei com uma postagem, do ano passado, de uma submissa e me identifiquei d+ com esse texto. Agora a única pergunta que me veio em mente foi a de que será que eu existo? - tendo em vista que "Submissa que é submissa não existe sem Dono". 

DELICADA











quinta-feira, 12 de março de 2015

POIS A VIDA DEVE SEGUIR, DE PREFERÊNCIA LEVE




Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

POEMA_-_CAZUZA
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               Engraçado como existe uma música pra todos os momentos de nossas vidas, não é? Essa em especial tem muito a ver com o dia de ontem e também minha noite passada. Ao meu ver, em parte, ela é uma despedida feliz de algo que ficou em nosso passado de forma carinhosa, refletindo bem o momento que estou vivendo...
                Eu realmente tive um pesadelo essa noite - mas, ao contrário de outras vezes, não liguei e nem pedi atenção daquele que um dia foi meu Dono - e percebi que tudo ficou mais leve quando acordei e consegui controlar o impulso de submissa e não me sujeitei a pegar o telefone, ligar e não ter a atenção de uma pessoa que considero d+ em minha vida... Me senti forte por ter conseguido controlar isso em mim. 
              E então depois de acordar, assustada, fiquei pensando em várias coisas que conversei com um amigo no dia de ontem...o meu foco mudou e eu comecei a pensar em como é bom quando o tempo e as circunstâncias são responsáveis por colocar em nossas vidas pessoas que se tornam tão queridas pelo simples fato de existirem, por serem cativantes, por nos fazerem rir com as coisas mais bobas, por nos darem atenção e carinho, mesmo que de forma "perversa". =]

DELICCADA


domingo, 8 de março de 2015

MESMO EM MEIO ÀS TURBULÊNCIAS, AINDA SINTO VOCÊ

           Viver não é fácil... Recentemente tenho sentido na pele situações que só confirmam isso. Sinto diariamente o peso da responsabilidade no meu lado pessoal, profissional, no âmbito familiar e etc. Muitas coisas sobre meus ombros e a responsabilidade às vezes é um peso difícil de carregar chegando a ser em alguns casos esmagador. Ao mesmo tempo, Ele, a milhares de quilômetros de distância, tem enfrentado seus próprios desafios igualmente pesados e estressantes.
         Muitas vezes juntos, conversando, passo a perceber que Dominação e submissão são as últimas coisas que pairam sobre nossas mentes... E que ainda o vínculo afetivo e de confiança que temos – o qual foi formado através do nosso relacionamento D/s – é muitas vezes a base que nos aproxima pelo apoio, carinho, confiança e conforto nestes tempos difíceis. 
Mesmo quando o mundo gira fora do nosso controle e estamos aparentemente sem rumo e sem poder fazer nada sobre um mar agitado, nosso domínio e submissão oferecem um refúgio de conforto, estabilidade e segurança que por essência precisamos como Dominador e submissa.  Todo o peso do mundo e todo o stress que vem junto a ele é levantado embora, mesmo que temporariamente, e nossas mentes aquietam-se e focamos um no outro.
Ajoelhar-se, física e psicologicamente, em estado e posição de submissão é uma forma de abrir mão, deixar ir, de ter mais tolerância e aceitação. É um exercício de interiorização que nos faz compreender que tudo o que vem a seguir não está sob nosso controle, mas na verdade vai dar certo no final, independentemente da direção e do resultado. É um ato de desapego, um estado meditativo tão necessário para a nossa paz de espírito e bem estar que sempre me deixou mentalmente relaxada.
         Já para um Dominador, acredito que ter uma submissa sob sua mão é igualmente terapêutico... Em um mundo em que temos pouco controle do nosso ambiente e daqueles que nos rodeiam, a capacidade de mergulhar no foco de domínio em detrimento ao outro dá uma sensação extra de controle e razão, fugaz no resto da vida... Acredito que não só exista o prazer, mas também existe um estado de calma nesse ato que toma conta do dominador sempre que sua submissa, fisicamente ou emocionalmente, ajoelha-se e curva-se para ele, pronta para servi-lo em todos os sentidos possíveis. É quando ambos se fixam sobre a felicidade e as necessidades do outro e por um tempo são capazes de se isolarem, em unidade, fechando-se aos ruídos, à distração e pressão do mundo exterior. 
            Mas isso não significa que temos de utilizar os nossos jogos BDSM ou envolver-se em cenas do tipo para alcançar essa paz de espírito e tranquilidade interior... Dominação e submissão são, em última instância, um estado emocional e mental, e não só um ato físico. Podemos voltar para dentro um do outro e sintonizar todo o resto, e nós precisamos disso para nossa própria sanidade e sobrevivência. Percebe-se assim que uma relação D/s não tem de implicar em coleiras e punhos, cordas e floggers, palmadas e orgasmos. 
             Dominação e submissão, e as relações muito profundas e sólidas que podem surgir a partir deles, são muito mais do que apenas uma oportunidade para o jogo e gratificação sexual. O estado intenso de unidade e confiança inabalável proporcionada pelo relacionamento amoroso e sensual que a D/s oferece passa a ser um santuário nesse mundo em que vivemos, um lugar seguro onde podemos simplesmente deixar ir, relaxar por um tempo e deleitar-se com o que é mais importante nesta vida: as infinitas possibilidades de um vínculo com outro ser humano.
         Com meu Dono era assim, seu domínio e a minha submissão estavam presentes 24/7. Viviamos a nossa relação desta forma em todos os momentos e nos viamos nesses “papéis” continuamente. Eles são, de fato, não papéis, mas o nosso estado natural e contínuo como seres que escolheram viver uma relação D/s. 
            Sim... a vida é realmente difícil e, por vezes, pode ser francamente opressiva. Mas, o porto seguro que foi a minha relação D/s com o meu Dono – e de certa forma ainda continua sendo por meio da nossa amizade – é de fato o mais convidativo e acolhedor lugar que eu conheço para enfrentar as tempestades e buscar refúgio do stress e da incerteza. É uma constante e uma rocha de segurança, aceitação e amor. Isso pode explicar talvez, também, o porque de ainda usar sua coleira...

DELICADA_CMC