Ontem depois da terapia comecei a me perguntar o por quê de tudo que estou sentindo, desejando e vivendo ultimamente. Por que eu estou do jeito que sou agora?
Será que realmente algumas das experiências obscuras do meu passado ou o meu gosto pelo universo gótico, wicca e medieval poderia explicar esse elemento (submissa) no meu presente? Essa necessidade de ser dominada, essas fantasias escuras e pervertidas? Esta necessidade profundamente arraigada na minha alma de ser propriedade e que as vezes eu luto tanto contra...?
Em uma das muitas conversas com meu Dono, contei a ele sobre o meu passado e depois, como que em um quebra-cabeça, ele foi montando toda uma relação de afinidades e vivências do passado com a minha atual condição, o que tem nos ajudado muito. Sei que a resposta para essas perguntas não vão mudar quem eu sou - nem eu, necessariamente, quero que isso aconteça, mas ainda assim... eu pergunto por quê...
Por que agora eu me sinto incapaz de realmente desfrutar de prazeres e experiências sexuais, sem uma situação de dominação? Por que agora não consigo se quer tolerar imaginar outro homem na minha vida que não seja meu Dono? Por que muitas vezes, superficialmente, eu quero está no controle, quando na realidade é o controle dele que eu quero sobre mim? Por que, por que diabos eu almejo tanto esse sentimento que não há palavras para nomear, o sentimento que vem somente com a sua voz, as suas ordens...? Por que sou tão intrinsecamente dependente dele?
Em última análise, em momentos como estes, eu só sei de uma coisa... que Ele é quem define quem eu sou hoje e eu não sei como ser qualquer outra pessoa... Eu sou o que sou e aceito isso... Ele me permite experimentar e vivenciar situações maravilhosas e sempre sabe conciliar os seus desejos com os meus, tornando-nos compatíveis de corpo e alma.
Espero não mais lutar pela aceitação dessa realidade: de viver assim para fazê-lo feliz e ser feliz em servi-lo. Meu único medo agora é que a vida um dia se encarregue de leva-lo embora e eu volte a viver atrás de um véu.
Por que eu não posso amar as rosas sem espinhos?
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