domingo, 12 de outubro de 2014

ATADA DE CORPO E ALMA

         
Hoje o dia amanheceu pesado, não falo só por conta do clima chuvoso, mas pela tempestade que estava em minha mente e no meu coração... me peguei chorando copiosamente, olhando para o nada através da janela do quarto, depois observando como as gotinhas escorregavam rápidas pelo vidro.... e por dentro um sentimento de solidão parecia que iria me devorar!

Ando em um conflito interno que está sendo devastador e como se não bastasse, também está refletindo na minha relação D/s com meu Senhor... A distância é o pior... em uma relação baunilha a distância pra mim já era ruim, imaginem em uma relação D/s, onde eu sinto e observo que a "dependência" é bem mais presente. É uma dor que nunca passa definitivamente e às vezes pode chegar a calmaria, porém nos momentos como os de hoje é extremamente violenta.

Percebo que essa dor amarga é o reflexo da coleira e das correntes que de certa forma permiti serem colocadas em mim - no corpo, na mente e no coração - que me prendem fortemente e me deixam atada ao meu Senhor, mesmo ele não estando aqui presente. Percebo também que eu já não sou mais livre! A questão é: será que eu realmente queria está livre?

Essa distância só existe de certa forma porque eu estou permitindo que seja assim... Não que eu não possa ir até Ele ou meu Dono não possa vir até mim por algum motivo mais sério (outro relacionamento, outra família, grana, tempo e etc), muito pelo contrário, ele já chegou a comprar passagem e a cancelar suas vindas para vir me ver várias vezes... tudo por conta da minha insegurança de querer viver isso... Como conviver com o depois do primeiro encontro e com os outros encontros? Serão semanais? quinzenais? mensais? feriados? Bah, ainda não estou conseguindo digerir isso... 

É fato que o controle que eu tinha sobre minha vida, meus atos e até sobre mim mesma parecem não existirem mais desde que o conheci... eu estou apavorada, querendo muitas vezes ir embora, fugir por conta dessa relação à distância - que tantas vezes me machuca mais do que possivelmente o chicote - e simplesmente não consigo. Por mais longe que eu tente ir sozinha, volta e meia sinto Sua guia me puxando sem o menor esforço. 

Eu vivo uma história que as pessoas que me veem diariamente ou não, não imaginam, assim como eu também não sei o que se passa no mundo delas e isso é o que nos tronam únicas. Não espero comentários de outras pessoas dizendo como uma submissa é, deve ser, se comporta, ou o que tem que fazer... isso eu já sei, obrigado! A questão aqui é mais íntima e pessoal do que isso. Como falo na minha apresentação pessoal, ainda estou me descobrindo submissa e por mais amor e confiança que o meu Dono me transmita, eu ainda carrego incertezas...





"Jamais ria das lágrimas de sua submissa; lembre-se que é a sua dor que ela entrega a ti."








































DELICADA

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